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Quando a gente pensa que as coisas são definitivas na vida

  • Adalto Luiz Chitolina
  • 25 de set. de 2020
  • 2 min de leitura

Quando a gente pensa que as coisas são definitivas na vida, acontece algo que nos chacoalha e diz que não pode ser assim.  Hoje, para meu momento de oração pessoal tomei o texto da primeira leitura da liturgia do dia (Jr 18, 1-6), o texto do oleiro. Eu achava que o meu vaso já estava pronto. Foram mais de 30 anos de entrega, doação, vivência do ministério, enfim, tempo suficiente para ver consolidado aquele vaso frágil que fora moldado desde os 10 anos de idade. Na minha cabeça, tudo era definitivo e acabado.  Contudo, lendo o texto, fiquei surpreso (a palavra de Deus é sempre nova e surpreendente, não importa quantas vezes já a tenhamos lido), pois, parece que Deus, o oleiro, não estava satisfeito com aquela "peça". E eis que, sem mais nem menos, feito um monte de barro, Ele começou a moldar tudo de novo, "do zero", uma nova peça.  Claro que o barro não sente. Mas se a figura nos permite, posso dizer quanto foi dolorido ver-me novamente um amontoado de barro a ser moldado novamente, agora em outro formato. Eu sei que o barro não reage nem reluta. Mas eu esperneei, chorei, me vi desesperado pois, agora já não tinha mais a forma à qual que acostumara ao longo de tanto tempo.  E Deus ficou impassível diante do monte de barro que me tornei outra vez. Mas, pacientemente, delicadamente, carinhosamente, sinto que Ele vem me moldando de novo, com um novo formato.  Entendi, finalmente, que o definitivo é só aquilo que Deus quer, não o que eu acho! Entendi também que, a dor da "destruição" do que eu achava ser é a condição necessária para admirar a beleza do que posso ser no novo formato que Ele vem moldando comigo. E hoje agradeci a Deus por Ele insistir em trabalhar comigo, para que eu continue servindo.

 
 
 

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